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Novo diretor do Inca promete aumentar controle precoce do câncer

Por Raphael Gonçalves Neto em 05/03/2023 às 22:40:09

Tomou posse na manhã desta sexta-feira (3) o novo diretor-geral do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Roberto Almeida Gil. Com atuação na ĂĄrea de oncologia desde 1977, com passagem pela chefia do Serviço de Oncologia ClĂ­nica e do Programa de ResidĂȘncia Medica de Oncologia ClĂ­nica, ambos do Inca, Gil destacou que o câncer caminha para ser a primeira causa de mortalidade no mundo. Mas que o trabalho na prevenção e no controle da doença pode salvar vidas.

"Segundo a estimativa de 2023 de incidĂȘncia e controle do câncer, que o Inca lançou no ano passado, são esperados 704 mil novos casos de câncer no Brasil para cada ano no triĂȘnio 2023 a 2025. A Organização Mundial da SaĂșde estima que 6 milhões de mortes prematuras pela doença poderiam ser evitadas com conscientização, planejamento, prevenção e controle da doença. Queremos reforçar nosso papel de instituto nacional, trabalhando sinérgica e intensamente com o Ministério da SaĂșde, que adotou neste governo o [combate ao] câncer como uma de suas prioridades."


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Ele reforçou também a intenção de fortalecer as ĂĄreas e ensino e pesquisa da instituição, aprimorando o trabalho assistencial à população e de produtor de conhecimento do Inca.

"Queremos continuar formando estratégias de prevenção e detecção precoce, manter e aprofundar o nosso papel mundialmente reconhecido do controle do tabagismo, que tem os velhos atores com novas metodologias para manter a escravidão pela nicotina. É um trabalho muito sério."

Ministério da SaĂșde

Presente na cerimônia de posse, a ministra da SaĂșde, NĂ­sia Trindade, destacou a afetividade e empatia no trabalho de Gil durante toda a sua carreira. De acordo com ela, o Inca tem papel fundamental dentro do Sistema Único de SaĂșde (SUS) e vai colaborar no programa de redução de filas e no apoio à estratégia nacional na ĂĄrea de oncologia.

"Ao mesmo tempo que o Inca é um instituto sediado no Rio de Janeiro, com papel fundamental na assistĂȘncia diretamente prestada, reforçaremos esse papel de referĂȘncia, numa agenda de trabalho conjunta para todo o sistema de saĂșde e também para toda a nossa cooperação internacional."

A ministra ressaltou que o governo estĂĄ trabalhando em conjunto, com ações interministeriais, para a vigilância relacionada ao câncer, tema que sempre esteve na pauta do Inca e serĂĄ reforçado a partir de agora.

"Temos muitos desafios. O Brasil avançou de maneira incomparĂĄvel no controle do tabagismo, tendo participação ativa na Convenção-Quadro [para o Controle] do Tabaco, com papel de destaque nacional e internacionalmente. Não podemos perder essa conquista. Neste momento, olhamos no Ministério com preocupação para a regulação do cigarro eletrônico, são pautas que nós não excitaremos em trabalhar, em contar com o Inca para a devida fundamentação técnica e cientĂ­fica".

Outas questões que serão tratadas pelo governo, segundo NĂ­sia Trindade, é a questão do tabagismo na juventude, a alimentação saudĂĄvel e os agrotóxicos, "pontos que seguramente o Ministério da SaĂșde, unido a outros ministérios, terĂĄ que avançar muito."

Carreira

Oncologista clĂ­nico, Roberto de Almeida Gil é graduado em medicina pela Escola Medica do Rio de Janeiro da Universidade Gama Filho, em 1977, e fez especialização em oncologia clĂ­nica pelo Inca, finalizada em 1981. Ainda no instituto, chefiou o Serviço de Oncologia ClĂ­nica e coordenou o Programa de ResidĂȘncia Medica de Oncologia ClĂ­nica.

Entre 2003 e 2005, foi presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia ClĂ­nica e também é membro da American Society of Clinical Oncology (Asco) e membro titular da European Society of Clinical Oncology (Esmo).

Fonte: AgĂȘncia Brasil


Fonte: AgĂȘncia Brasil

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