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Pesquisadores britânicos descobrem novo grupo sanguíneo, o MAL

Pesquisadores britânicos divulgaram nesta semana a descoberta de um novo grupo sanguíneo, denominado MAL.

Por Agência Brasil em 21/09/2024 às 14:30:49

Pesquisadores britânicos divulgaram nesta semana a descoberta de um novo grupo sanguĂ­neo, denominado MAL.

Em artigo publicado na revista acadĂȘmica Blood, da Sociedade Americana de Hematologia, os pesquisadores do sistema pĂșblico de saĂșde do Reino Unido (NHS Blood and Transplant), do seu laboratório especializado (International Blood Groups Reference Laboratory) e da Universidade de Bristol divulgaram o resultado, que resolve um mistério que existia hĂĄ 50 anos.


O grupo sanguĂ­neo MAL possibilita a identificação e o tratamento das pessoas que não tĂȘm um antĂ­geno pouco conhecido, mas jĂĄ mapeado hĂĄ décadas, denominado AnWj, em homenagem às duas primeiras pessoas de que se teve conhecimento que eram AnWj negativas (Anton e Wj).

Os grupos sanguĂ­neos são complexos. Os dois sistemas de grupos sanguĂ­neos mais conhecidos são ABO e Rh. Dentro de cada grupo sanguĂ­neo, as hemĂĄcias podem carregar marcadores de superfĂ­cie chamados antĂ­genos (por exemplo, no sistema ABO, as pessoas de podem ter o antĂ­geno A, o B, o A e o B ou ausĂȘncia de antĂ­geno, chamada de O). Atualmente, hĂĄ 47 sistemas de grupos sanguĂ­neos e 360 antĂ­genos reconhecidos.

O estudo publicado online como pré-impressão identifica o MAL como o 47Âș sistema de grupo sanguĂ­neo, ao qual pertence o antĂ­geno AnWj. O grupo sanguĂ­neo é identificado pela proteĂ­na Mal, que se encontra na superfĂ­cie dos glóbulos vermelhos do sangue. As pessoas que são AnWj negativas apresentam essa proteĂ­na de forma incompleta, o que pode ser hereditĂĄrio (e aparecer em pessoas saudĂĄveis) ou motivado por distĂșrbios hematológicos ou alguns tipos de câncer.

Foram estudados cinco indivĂ­duos AnWj negativos, inclusive uma senhora que tinha participado da pesquisa que identificou o AnWj negativo publicada em 1972. A forma herdada foi identificada em uma famĂ­lia ĂĄrabe-israelense. Ainda não foram analisadas as etnias de todos os casos, nem se hĂĄ alguma etnia em que esse tipo sanguĂ­neo seja mais comum.

Se pessoas que são AnWj-negativas receberem sangue AnWj-positivo, podem ter uma reação na transfusão. Segundo nota da Universidade de Bristol, "essa pesquisa permite o desenvolvimento de novos testes de genotipagem para detectar tais indivĂ­duos raros e reduzir o risco de complicações associadas à transfusão".



Fonte: AgĂȘncia Brasil

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