"Fica instituĂdo apoio financeiro à pessoa nascida entre 1Âș de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2024, com deficiĂȘncia decorrente de sĂndrome congĂȘnita causada pela infecção da genitora pelo vĂrus Zika durante a gestação."
De acordo com o texto, o requerimento da indenização deverĂĄ ser feito ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sendo obrigatória a constatação da relação entre a sĂndrome congĂȘnita e a contaminação da mãe pelo Zika durante a gestação; e da deficiĂȘncia.
A publicação cita ainda que o pagamento do valor não serĂĄ considerado para fins de cĂĄlculo de renda mĂnima destinado à permanĂȘncia da pessoa no Cadastro Ănico para Programas Sociais do Governo Federal (CadĂnico); à elegibilidade para o recebimento do benefĂcio de prestação continuada; e à transferĂȘncia de renda do Programa Bolsa FamĂlia.
"O apoio financeiro de que trata esta medida provisória, ressalvado o direito de opção, não é acumulĂĄvel com qualquer indenização da mesma natureza concedida por decisão judicial."
As despesas decorrentes do pagamento da indenização, segundo o texto, correrão à conta do programa orçamentĂĄrio Indenizações e Pensões Especiais de Responsabilidade da União.
A medida provisória tem validade a partir do momento em que é publicada, mas precisa ser aprovada pelos plenĂĄrios da Câmara dos Deputados e do Senado para se tornar lei. O prazo de vigĂȘncia da MP é de até 120 dias.
A sĂndrome congĂȘnita associada à infecção pelo Zika compreende um conjunto de anomalias congĂȘnitas que podem incluir alterações visuais, auditivas e neuropsicomotoras em indivĂduos expostos ao vĂrus durante a gestação.
Tais alterações, de acordo com o Ministério da SaĂșde, podem variar quanto à severidade, sendo que, quanto mais cedo ocorre a infecção durante a gestação, mais graves tendem a ser os sinais e sintomas caracterĂsticos da sĂndrome.
A principal forma de transmissão do Zika em mulheres grĂĄvidas é por meio da picada da fĂȘmea do mosquito Aedes aegypti, mas a transmissão também pode ocorrer por meio de relação sexual com indivĂduos infectados ou de transfusão sanguĂnea.
A sĂndrome foi descoberta em 2015, após alteração no padrão de ocorrĂȘncia de microcefalia em bebĂȘs nascidos vivos no Brasil. À época, o evento foi considerado emergĂȘncia em saĂșde pĂșblica de importância nacional e, posteriormente, internacional.
Algum tempo depois, constatou-se que os casos de microcefalia, que também cursavam com outras anomalias cerebrais e alterações neurológicas, estavam associados à infecção pelo Zika no perĂodo gestacional.
Fonte: AgĂȘncia Brasil