Foto: Infomoney
A abertura da curva de juros, reflexo do risco fiscal, não é exclusividade do Brasil. Países desenvolvidos como Estados Unidos, França e Reino Unido também enfrentam esse desafio, com os governos arcando com custos mais elevados para suas dívidas.
Nos EUA, a remuneração anual de títulos públicos de dez anos saltou de 3,8% há um ano para 4,5% atualmente. No Reino Unido, a taxa subiu de 3,7% para 4,6% no mesmo período. A França também registrou aumento, passando de 2,6% para 3,2%.
Em comparação, o Brasil viu um aumento mais acentuado, com as taxas passando de 10,6% para 15% ao ano. Apesar das diferenças entre os países, o denominador comum é o risco fiscal.
O risco fiscal nos EUA se reflete em um rombo nas contas públicas que variou entre 2,4% e 14,70% do PIB nos últimos 10 anos, elevando a dívida para 122,3% do PIB em 2023. O segundo mandato de Donald Trump não acalma os investidores preocupados com o controle da dívida.
Na França, a negociação do orçamento de 2025 gerou uma crise no governo de Emmanuel Macron. O mercado teme o déficit fiscal, projetado para ultrapassar 6% do PIB em 2024, agravando uma dívida já em 122% da produção anual.
O Reino Unido apresenta um cenário semelhante ao do Brasil, com a Ministra das Finanças, Rachel Reeves, enfrentando pressão pela desconfiança do mercado na capacidade do governo em cumprir suas metas fiscais.
"O mercado está preocupado com o aumento dos gastos públicos."
Especialista em mercado financeiro.
A situação demonstra que o risco fiscal é uma preocupação global, afetando tanto economias emergentes quanto países desenvolvidos, um desafio que requer atenção e medidas eficazes por parte dos governos para manter a estabilidade financeira.
Apesar das semelhanças, é importante notar as peculiaridades e singularidades de cada nação envolvida.
*Reportagem produzida com auxílio de IA