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Saiba quem é Daniel Silveira, deputado do PSL do Rio de Janeiro, preso por ordem de Alexandre de Moraes?

Por Wanderley Preite Sobrinho e Gabriel Sabóia Do UOL, em São Paulo e no Rio em 17/02/2021 às 12:45:37

O deputado federal bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) foi preso na noite de ontem (16) por ordem do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que é relator de dois inquéritos na Suprema Corte envolvendo o deputado, onde um apura fake news e o outro, atos antidemocráticos. Moraes justificou sua decisão ao condenar um vídeo publicado ontem pelo parlamentar com ataques ao ministro do STF Edson Fachin, que na segunda-feira (15) condenou um tuíte do ex-comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, cuja manifestação foi considerada uma tentativa de interferência militar no Poder Judiciário.

Por 19 minutos e 9 segundos, diz Moraes, Silveira defendeu "a substituição imediata de todos os ministros [do STF]" e "propagou a adoção de medidas antidemocráticas contra o Supremo Tribunal Federal, defendendo o AI-5", o Ato que intensificou a repressão da ditadura militar no Brasil. Ao ser preso, o deputado publicou nova ameaça a Moraes: "Ministro, eu quero que você saiba que você está entrando numa queda de braço que você não pode vencer", afirmou

O deputado tem tido atitudes polêmicas, mesmo antes de assumir o mandato em 2018, como na ocasião em que ameaçou investigar o Colégio Estadual Dom Pedro 2º, em Petrópolis, por supostamente ensinar "marxismo cultural" a seus alunos. O processo cível movido pela direção da escola resultou em sua primeira queixa-crime no STF.

Ele ficou famoso no primeiro turno daquela campanha, quando ajudou a quebrar uma placa de rua feita em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em 14 de março daquele ano junto a seu motorista, Anderson Gomes.

Silveira esteve próximo de ser expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro justamente por ataques feitos nas redes sociais. Quando era soldado da PM fluminense, foi alvo de um processo disciplinar por sua conduta no Facebook. No processo, ele foi acusado de usar sua página nesta rede social para propagar conteúdos ofensivos.

Em Brasília, Silveira busca associar sua imagem à do presidente Bolsonaro. Ele pertence à ala bolsonarista que permaneceu no PSL após Bolsonaro deixar a legenda. Suas bandeiras são as mesmas do capitão reformado: "política de tolerância zero contra criminosos, aumentando penas para crimes hediondos e contra a administração pública, especialmente a corrupção", diz em seu site. Outra bandeira do parlamentar "é a defesa da família". "É preciso salvar o Brasil da ideologia de gênero e acabar com a doutrinação em sala de aula."

Em maio do ano passado, Silveira voltou às manchetes ao acabar citado como propagador de fake news no inquérito que apura a divulgação de notícias falsas no Supremo. Um mês depois, apareceu como suspeito em outro inquérito, agora acusado de incentivar manifestações de rua que pediam o fechamento do STF e do Congresso. Como o incentivo ao fechamento dessas instituições é considerado crime pela Lei de Segurança Nacional, o deputado foi alvo de um mandado de busca em 16 de junho, quando a Polícia Federal apreendeu equipamentos eletrônicos em sua casa e em seu gabinete parlamentar. "Absurdo recheado de inconstitucionalidades", afirmou ele no Twitter após a ação, pedida pela PGR.

Daniel Silveira foi por sete anos policial militar e admitiu em uma entrevista à revista Piauí ter matado pelo menos 12 pessoas, "mas dentro da legalidade, sempre em confronto. Silveira foi eleito com 31.789 votos, deputado pelo Rio de Janeiro.

Em maio do ano passado, Silveira voltou às manchetes ao acabar citado como propagador de fake news no inquérito que apura a divulgação de notícias falsas no Supremo. Um mês depois, apareceu como suspeito em outro inquérito, agora acusado de incentivar manifestações de rua que pediam o fechamento do STF e do Congresso. Como o incentivo ao fechamento dessas instituições é considerado crime pela Lei de Segurança Nacional, o deputado foi alvo de um mandado de busca em 16 de junho, quando a Polícia Federal apreendeu equipamentos eletrônicos em sua casa e em seu gabinete parlamentar. "Absurdo recheado de inconstitucionalidades", afirmou ele no Twitter após a ação, pedida pela PGR.

O que acontece depois da prisão, com Daniel Silveira

Moraes também determinou que o YouTube bloqueie o vídeo em que Silveira ataca a corte, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. Liminar (provisória), a decisão de Moraes será submetida ao plenário do Supremo. O presidente do STF, ministro Luiz Fux, deve levar o caso ao plenário ainda hoje. Como a prisão foi em flagrante e por razões inafiançáveis, os deputados federais terão de confirmar a prisão em plenário. Para derrubar a ordem, basta os votos de maioria simples.

Fonte: noticias.uol.com.br

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