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Atendimentos na rede de urgência apresenta tendência de queda no Rio

Por Agência Brasil em 09/04/2021 às 17:15:13

A curva de atendimentos na rede de urgĂȘncia e emergĂȘncia no municĂ­pio do Rio de Janeiro para os casos de sĂ­ndrome gripal e sĂ­ndrome respiratória aguda grave tem apresentado uma tendĂȘncia de queda nos Ășltimos dias, conforme apontou o 14Âș Boletim Epidemiológico apresentado hoje (9) pela prefeitura. A alta na procura pela rede bĂĄsica de saĂșde, que começou a ser registrada no inĂ­cio de fevereiro, foi o dado que levou o prefeito Eduardo Paes a decretar, hĂĄ cinco semanas, medidas de restrição das atividades na cidade.

Agora, com a reversão nos nĂșmeros, entraram em vigor hoje (9) algumas flexibilizações ao que vinha sendo praticado, como a permissão para a volta do atendimento presencial em bares, restaurantes, lanchonetes e quiosques das praias, até as 21h, com uma hora de tolerância para o fechamento dos estabelecimentos. Mas o prefeito alerta que, mesmo com a flexibilização de algumas medidas, ainda não é o momento da população relaxar e a fiscalização permanecerĂĄ rĂ­gida.

"A gente hoje tem o relaxamento de algumas restrições. Vai ter gente que vai dizer, acabou vamos para a festa. Não. Nós continuamos com um Ă­ndice de contaminação alto. Continuamos com problemas e risco muito alto. As regras colocadas a partir de hoje são regras bastante restritivas. Tem toque de recolher com pessoas proibidas de estarem nas vias pĂșblicas das 11 da noite às 5 da manhã. As regras para bares e restaurantes, comércio e shoppings são muito restritivas. A Secretaria de Ordem PĂșblica vai agir com muito rigor e com muita energia contra aqueles que não respeitarem as regras", disse na apresentação do 14Âș Boletim Epidemiológico.

Na visão do prefeito, o perĂ­odo de 14 dias de medidas mais restritivas, que incluiu a parada emergencial de 10 dias, composto por antecipação de feriados e dois fins de semana, deu resultado. "Às vezes a gente parece dando uma bronca em um filho, mas dou meus parabéns aos cariocas que se dignaram a respeitar as regras. Esse é o resultado dos 14 dias de restrições. Esse é o resultado daqueles que respeitaram. Essa é uma resposta contundente para aqueles que acham que restrição não serve para nada. A gente sabe que não dĂĄ para fechar a cidade inteira, usando a expressão lockdown, a realidade infelizmente não nos permite isso, mas toda vez que a gente diminui o contato entre as pessoas, diminui festinha e aglomeração, esse é o resultado", disse.

Paes voltou a afirmar que o nĂ­vel de atendimento dĂĄ mais segurança na tomada de decisões, porque são os dados mais próximos da realidade do momento. De acordo com o prefeito, quando as medidas restritivas começaram, as médias móveis de óbitos e de internações na cidade do Rio de Janeiro estavam despencando.

"Nós alegĂĄvamos, naquele momento, basicamente trĂȘs motivos. Uma nota técnica da Fiocruz que apontava risco muito grande do Rio ter um aumento [de internações], tinha um cenĂĄrio nacional em torno do Rio muito grave, mas o principal dado que nos norteou a iniciar as primeiras medidas restritivas hĂĄ cinco semanas atrĂĄs, quando pela primeira vez estabelecemos o toque de recolher, quando pela primeira vez limitamos o horĂĄrio de funcionamento de determinadas atividades econômicas, foi esse dado aĂ­", disse.

O prefeito acrescentou que naquele momento houve muita incompreensão por parte da população, que não entendeu a adoção das restrições quando as médias de mortes caĂ­am, mas destacou que a opção da prefeitura foi trabalhar com antecipação. "Essa doença tem uma caracterĂ­stica muito clara. É difĂ­cil até de dizer. Em geral, uma pessoa entre contrair a doença e vir a óbito, para aquelas que vão a óbito, tem um prazo de 20 dias. O que nós falamos naquele momento foi "não vamos esperar as pessoas se internarem, depois morrerem para só aĂ­ tomar medidas". Dissemos, vamos nos antecipar", disse.

Paes disse que mesmo com a melhora no indicador, ainda que tenha reduzido algumas restrições, outras foram mantidas como a de realização de shows em casas de espetĂĄculos, fechamento das boates e suspensão do trabalho de ambulantes nas ruas. O prefeito garantiu que se os dados novamente voltarem a subir serão tomadas medidas necessĂĄrias. "Para quem achou que liberou geral, esse dado pode mudar de novo e a gente vai tomar medidas por mais duras que elas sejam", afirmou.

AuxĂ­lio

O prefeito disse que até a próxima segunda-feira (12) vai anunciar a liberação de mais um auxĂ­lio de R$ 500 para os ambulantes fixos e itinerantes da praia, que foram proibidos de trabalhar com as medidas de restrição. "Como não vão poder voltar ainda a exercer a sua atividade, a gente tinha dado uma ajuda de R$ 500, devemos renovar isso com mais R$ 500", adiantou.

Paes informou ainda que pediu uma avaliação da Secretaria Municipal de SaĂșde (SMS) para a possibilidade de permitir a prĂĄtica de esportes coletivos em ĂĄreas abertas, com perĂ­odos determinados e com regras claras. "Para poderem eventualmente ser praticadas com horĂĄrios especĂ­ficos, tipo das 6 da manhã às 10 da manhã em ĂĄreas abertas. Isso estĂĄ sendo avaliado tecnicamente pela Secretaria Municipal de SaĂșde".

A cidade do Rio de Janeiro tem, até o momento, o acumulado de 41.958 casos da covid-19 este ano. Desses, 9.126 são graves, 3.451 são óbitos. A taxa de incidĂȘncia é de 629,9 casos por 100 mil habitantes, de letalidade de 8,2% e taxa de mortalidade de 51,8 óbitos por 100 mil habitantes.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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