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Mourão defende teto de gastos e nova reforma da Previdência

Por EBC em 09/04/2021 às 17:34:04

O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu hoje (8) a manutenção do teto federal de gastos. Em evento com investidores, ele disse que a "era do dinheiro fĂĄcil acabou" e defendeu uma nova reforma da PrevidĂȘncia.

"Uma coisa é clara: temos que operar dentro do limite da âncora que temos hoje que é a questão do teto de gastos", afirmou. "Não podemos fugir da âncora fiscal, senão o paĂ­s quebra e, se o paĂ­s quebrar, vamos ficar igual ao nosso vizinho do sul, igual à Argentina, eterno mendigo", disse o vice-presidente, comparando a situação do Brasil com o paĂ­s sul-americano.

Durante a apresentação, Mourão defendeu a continuidade das reformas e disse ser necessĂĄria uma nova reforma da PrevidĂȘncia em breve, porque as economias com a reforma de dois anos atrĂĄs foram gastas com a pandemia de covid-19.

"O pilar das contas pĂșblicas, iniciamos com a questão da nova PrevidĂȘncia, mas acho que ninguém aĂ­ tem dĂșvida que nós vamos ter que fazer uma nova reforma da PrevidĂȘncia, porque aquele ganho que foi feito com a reforma de 2019 foi gasto no ano passado para poder enfrentar a questão da pandemia", disse.

Liberalização

O vice-presidente também defendeu medidas liberalizantes, como a desvinculação do Orçamento, a abertura comercial, a realização de privatizações e a redução da burocracia. Segundo ele, só poderĂĄ haver aumento salarial para o funcionalismo pĂșblico caso a economia volte a crescer e a arrecadação aumente.

"A sociedade tem que entender que acabou a era do dinheiro fĂĄcil. O próprio estamento estatal, o funcionalismo pĂșblico tem que entender que só pode haver aumento salarial se houver aumento da arrecadação que vem no rastro de aumento do produto interno bruto, fruto de um desenvolvimento sustentĂĄvel", acrescentou.

Pandemia

Sobre a pandemia do novo coronavĂ­rus, o vice-presidente defendeu a vacinação em massa e informou que os maiores de 60 anos deverão estar imunizados até maio ou junho. Segundo ele, a campanha não avança em ritmo mais rĂĄpido porque hĂĄ carĂȘncia de vacinas em todo o planeta.

Na avaliação de Mourão, a população brasileira tem dificuldades em cumprir as medidas restritivas porque "não é disciplinada". Ao encerrar a apresentação, o vice-presidente pediu serenidade no enfrentamento da crise e da pandemia e citou um personagem de ficção cientĂ­fica. "O medo gera raiva, a raiva gera ódio e o ódio gera ressentimento. Isso aĂ­ foi dito pelo Mestre Yoda, lĂĄ na série Star Wars. Vamos lembrar: Yoda, hein?", concluiu.

Fonte: EBC

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